sexta-feira, 31 de maio de 2013

TOP 5 da semana




Toda semana vamos lançar o TOP 5 do Glossário de Comunicação, que estamos construindo aqui no blog. Anote aí!


TOP 1

TOP 2

TOP 3

TOP 4

TOP 5


Fique ligado e se você tiver algum termo que ache importante fazer parte do nosso Glossário de Comunicação, envie pra gente.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Mariela Castro na Farol MulTV




Mariela Castro é diretora da consultoria Communication Advisors e discute como as mídias sociais impactam a comunicação entre as pessoas e o relacionamento das empresas e marcas com seus diversos públicos. É colunista da Exame.com sobre o mesmo tema.

Glossário - Prosumidor

Confira o significado do termo comentado por Mariela Castro.


terça-feira, 28 de maio de 2013

Forma X Função no filme publicitário ­­­


   Vamos nos apropriar dessa questão primordial da arquitetura para lançar um breve olhar sobre a produção publicitária para TV e mídias conexas. Como na arquitetura, onde a forma, a questão estética não deveria se sobrepor de tal maneira à função esperada do projeto, o criador e o realizador das peças publicitárias também deve ter em conta a expectativa de um agente de suma importância ao processo: o cliente e suas necessidades.
   Afinal, não podemos perder de vista uma questão: é esse sujeito quem paga as contas, quem compromete verbas, muitas vezes vultosas, e tem a expectativa de um retorno. Uma campanha publicitária é, antes de mais nada, um investimento comercial, que deve necessariamente gerar o retorno financeiro que dele se espera.
   Certa feita, lidando com uma turma de futuros publicitários, tinha que frequentemente resistir à ansiedade dos alunos que queriam, a todo custo, partir para a prática, criando e executando peças audiovisuais de uma campanha. Acabei concordando em parte. Dividida a classe em algumas turmas, eles propuseram seus virtuais clientes. Refrigerantes, Calças jeans, motocicletas e telefones celulares. Todos os produtos sugeridos por eles eram intimamente ligados ao estilo de vida de um grupo socioeconômico e etário, no qual eles mesmos se incluíam.
   Propus, então, que o exercício fosse mais longe. Distribuí entre os grupos produtos que eu mesmo havia elegido: adesivo para dentaduras, medicamento para cólicas menstruais (para um grupo exclusivamente de meninos, é claro...) fraldão geriátrico e por aí vai.  A turma em unanimidade preferiu abrir mão da atividade e voltamos à programação original das aulas, com teoria do cinema no primeiro semestre e prática no segundo.
   O episódio me trouxe algumas reflexões: como os futuros publicitários colocavam a estética, ou seja a forma, em plano tão mais importante que a função primordial de uma peça publicitária: propagar (propaganda!) as qualidades de um produto, torna-las públicas, publica-las... publicidade.
  A estética com qual os jovens daquela turma se identificavam, exercia uma espécie de “ditadura”  formal que chegaram a impedi-los de realizar um exercício que poderia ter se mostrado de enorme valia em suas futuras carreiras.
   O mais complicado disso tudo, é que esse fenômeno pode ser observado muito comumente nos profissionais que atuam no mercado. Basta assistir a alguns intervalos comerciais para vermos uma espécie de unificação de linguagem, muitas vezes absolutamente inadequadas ao produto anunciado. Resultado de se forçar o uso de uma estética (ou forma), que é confortável ao criador/realizador, e por isso pode lhes parecer adequado a praticamente qualquer situação. Perderam de vista dessa maneira, o objetivo (a função) daquela peça.
  Antes que me ofendam em público, é claro que considero a questão estética, a forma importantíssima, numa peça publicitária. São esses filmes e anúncios que, mais do que grandes ganhadores de prêmios, tornam-se inesquecíveis para o público, perpetuando seus efeitos sobre o produto anunciado, muito além do período de veiculação. Essa é a combinação ideal a ser perseguida por qualquer publicitário, por qualquer arquiteto ou profissional que lida com profissões que necessariamente devem conciliar a eficiência com a beleza. A forma com a função.

   Para encerrar, um filme publicitário que assisti há algum tempo. O produto, justamente fraldas geriátricas. O filme, de uma simplicidade perfeita: um casal de terceira idade, dançava num baile por 30 segundos. Os dois mostravam um semblante feliz, sereno e despreocupado. Não havia locução. Apenas um packshot do produto em insert no final. Não precisava de mais nada. Desculpem, não lembro o ano, e nem conheço a ficha técnica. Só que era um comercial da Jonhson & Jonhson.


Légis Schwartsburd é formado em cinema pela FAAP-SP e tem especialização em direção de atores pela Escola Internacional de Cinema e Televisão, em San Antonio de los Baños-Cuba. É diretor de cena e professor de produção publicitária em Cine-Tv.

Glossário - Packshot e Insert

No texto acima destacamos dois termos usuais da produção audiovisual.



segunda-feira, 27 de maio de 2013

André Caldeira na Farol MulTV



André Caldeira é o criador e Diretor da Proposito, Empresa de Estratégia e Desenvolvimento Humano. Com MBA na The Anderson School of Management/UCLA, em Los Angeles, Caldeira é ex-dentista, ex professor de inglês, ex publicitário e tem mais de 20 anos de carreira executiva, trabalhando em agências de propaganda e grandes corporações. Consultor, palestrante e especialista nas relações com trabalho, é colunista da Exame.com sobre o tema Trabalho & Stress e Presidente da LIDE Paraná - Grupo de Líderes Empresariais.

Glossário - Matricial

Na entrevista concedida à Farol MulTV, André Caldeira cita o modelo matricial nas relações de trabalho. Confira o significado.

Indicação de livro: Muito trabalho, pouco stress



sexta-feira, 24 de maio de 2013

A comunicação e o saber-viver


     A comunicação possibilita o viver. A pluralidade das visões de mundo, a impossibilidade de se manifestar uma posição única, verdadeira, explica a criação da própria cultura. A comunicação, escrita ou falada deve, assim, cumprir seu papel primordial: através dela expressar o nosso “eu”, através dela conhecermos o “outro”. Este é o princípio da alteridade. Queremos comunicar, queremos ousar comunicar, queremos que o outro saiba o que está acontecendo conosco. Saber comunicar é saber viver. Eis o contexto contemporâneo do papel social da comunicação. As relações sociais requerem uma comunicação facilitada e ágil. As novas tecnologias, ao mesmo tempo em que criam a necessidade do “estar junto”, propiciam os meios para que estes processos se realizem. Busquemos, pois, manter nossos olhos abertos para as diversidades da individualidade que povoam o universo cibernético. Desenvolvamos nossa autonomia moral e política para o exercício da cidadania entendendo que o respeito pelo outro não exclui a escolha pessoal mas é sua condição primeira.
     As possibilidades para estes novos processos relacionais são múltiplos mas, antes de tudo, precisamos compreendê-las no mundo em que vivemos. A revolução atual pela qual passa a comunicação era prevista já, nas grandes visões de mundo, engendradas no curso da evolução das ideias. Captar este sentido é entender que a comunicação é a experiência fundamental da humanidade.
     O mundo nos é transmitido, nos comunicado e editado através das primeiras formas de socialização. Com alterações aqui e acolá passamos a reproduzi-lo e construímos nossas vidas com os mesmos anseios, temores e receios do devir, típicos da sociedade contemporânea. Nossa imaginação é limitada pelos possíveis cenários que nos rondam: desemprego, família, segurança. Penso que o espaço para uma espetacular renovação dos sentidos sociais esteja no uso das novas tecnologias ao produzir novos espaços de sociabilidade. A solidão da vida privada e de toda a sorte de armadilhas decorrentes deste “nos proteger do mundo” é preenchida pela imaginação e, esta, é a arma que nos resta. A imaginação empodera o indivíduo auxiliando-o a libertar-se da indiferença do público e a se transformar em partícipe nas questões do espaço público.
     As tecnologias da comunicação nos dão esta condição. A imaginação usada nas redes pode ser usada como possibilidade de bem-estar. É tempo de aprendermos a viver no mundo da cibercultura, nos emancipar através dele. Se hoje a comunicação depende da técnica devemos entendê-la, então, como essencialmente humanista na medida em que retira o receptor do papel de ouvinte, passivo e ignorado e o eleva ao protagonismo do seu discurso. Esta visibilidade tornada real no âmbito da tecnologia abre um caminho inexorável para a constituição do sujeito ator-social.
     Perceber o que está acontecendo no mundo e compreender o que está acontecendo conosco nos transformará em artesãos de procedimentos no uso da técnica para o diálogo, cotidiano ou não. E, ao expressarmos nossas ideias não nos preocupemos com as singularidades da escrita verborrágica, em seu lugar adotemos a simplicidade das afirmações claras.



Regina Paulista Fernandes Reinert
Mestre em Sociologia, professora de Antropologia Jurídica e Sociologia da Comunicação no Grupo Educacional Uninter, professora da pós-graduação no curso de Antropologia Social no ICEET e professora da pós-graduação no curso de Educomunicação na FAE.


quinta-feira, 23 de maio de 2013

♯ Nasce um blog

     

    As tecnologias da informação e comunicação se tornaram extensões de nós mesmos. Pierre Lévy estava certo. As relações humanas se modificaram. A hibridização das linguagens foi inevitável. A convergência tecnológica uma fatalidade. A intervenção de um receptor capaz de resignificar conteúdos, nas atividades comunicacionais, ganha terreno a cada dia.
  A noção de comunicação como um espaço de compartilhamento, solidariedade e democratização da produção de conteúdos, criou um mundo paralelo, que acontece em outra dimensão. Porém, não menos real. A virtualidade deixou de ser fictícia para se tornar necessária, vital. De interdisciplinar a comunicação passou a ser transdisciplinar, permeando todos os saberes.
      Discute-se muito o efeito destas transformações na economia, na política, na sociedade, na educação, nas relações humanas, mas e na própria comunicação, quais foram as transformações? De que forma tudo isso afeta a profissão, o mercado, o modus operandi e o futuro da comunicação? Qual o nosso papel, como comunicadores, nesse contexto?  Quais as possibilidades ainda inexploradas? De que forma podemos desenvolver nossa criatividade para um mundo transmidiático?
       Estes entre outros questionamentos farão parte deste blog. Um blog para refletir e discutir comunicação em 360 graus: linguagens, criação, tecnologias, interação, mediação, mídias sociais, publicidade, marketing, conhecimento, conteúdo, produção, artemídia, transmídia, crossmídia, multimídia, educomunicação, políticas públicas para a comunicação, propriedade intelectual nas mídias digitais, novos saberes, formação e especialização na área da comunicação. 
  • Todos estes temas serão abordados por profissionais, especialistas, mestres, doutores, de todas áreas, mas sempre no escopo da comunicação. Faremos uma aproximação entre o universo acadêmico e profissional, abrindo espaço para o diálogo.
  •  Analisaremos as mídias, as tecnologias e as linguagens. 
  •  Conheceremos projetos de educomunicação e saberemos como estão acontecendo nas instituições de ensino e de que forma estão invadindo os ambientes de educação não-formal. 
  • Ampliaremos nossas fontes de conhecimento e inspiração através da indicação de multimeios: filmes, livros, revistas, artigos, sites e links.
  • E, claro, não poderia faltar uma programação audiovisual, já que a Farol é a mediadora deste ecossistema comunicativo. A Farol MulTV exibirá uma grade de programação com entrevistas, depoimentos, enquetes, cobertura, matérias, quadros, vídeos conceituais…a imaginação será o limite. Já que a produção deste conteúdo será coletiva. Fica aqui o convite para você atuar como entrevistador ou entrevistado. Produzir uma matéria ou mesmo a cobertura de um evento, que tenha como foco um dos campos de interesse do blog. Você entra com a ideia, o formato, e nós com os recursos para viabilizar a produção. 
  • Como a performance de todas as novas mídias e tecnologias incorpora o audiovisual como base, lançaremos desafios de produção audiovisual. A participação é aberta, a intenção é promover os talentos já existentes e/ou descobrir novos talentos.
  • Se já tiver material produzido, seja audiovisual ou em texto, que gostaria de compartilhar, envie pra gente também.
  • Somado a tudo isso ainda teremos um glossário, que estará vinculado à apresentação dos temas tratados, ao discurso dos participantes do blog. Afinal, diante de tantas transformações, ou melhor, porque não assumir, mutações, novos termos surgiram no universo das comunicações e ainda não nos apropriamos de muitos deles. Ou mesmo, precisamos retomar alguns conceitos, autores, escolas da comunicação para poder seguir em frente.
      Somos defensores de um Nova Ordem Comunicativa, que coloca a comunicação como direito humano. Não apenas comunicação no sentido de ter acesso à informação, mas, principalmente, de poder expressar sua opinião. É a habilidade das pessoas de interagirem com as tecnologias que torna mais ou menos ricas a produção e a transmissão de conteúdo. 
      Pra finalizar, ou melhor, abrir a comporta do nosso espaço de ideias e convergência, gostaria de trazer um trecho de uma entrevista concedida por Pierre Lévy, numa visita ao Brasil, em 2011. O filósofo, um dos mais importantes pensadores da cibercultura e criador do conceito de inteligência coletiva, trouxe à tona uma questão que deixou uma semente em mim e resultou na criação deste blog: "Eu penso que a inteligência coletiva das diferentes comunidades que estão se comunicando através da internet não é reflexiva o bastante. É muito difícil imaginar ou ter conhecimento sobre o modo como nós conhecemos alguma coisa, o modo como construímos nosso conhecimento…Então, eu sonho com uma situação onde possamos ter uma espécie de espelho de criação da inteligência coletiva, que nos ajudará a sermos criativos e a colaborar da melhor maneira possível. Se nós tivermos o espelho e não apenas a nossa inteligência pessoal, nossa consciência receptiva, mas um tipo de consciência reflexiva a respeito de nossa inteligência coletiva, já teremos muito…"



Veja a entrevista na íntegra, publicada pela ComCiência.
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&tipo=entrevista&edicao=70